Manifestantes ocuparam a sede da televisão estatal na Praça da Liberdade, no coração de Budapeste, Hungria. As pessoas se reuniram na praça Kossuth (em frente ao parlamento, próximo da praça da Liberdade) desde a tarde de Domingo, com o forte desejo de derrubar o governo. Antes disso, no mesmo dia vazou uma gravação com um discurso de Gyurcsány Ferenc, o primeiro ministro. A fita foi gravada durante um encontro fechado da fração líder dos partidos socialistas em maio, após terem ganhado as eleições.
"Não há muita escolha. Não há, pois nós ferramos. Não um pouco, muito. Nenhum país europeu fez algo tão cabeça-dura como nós fizemos. É evidente, nós mentimos durante o último um ano e meio, dois anos. Estava totalmente claro que o que estamos falando não é verdade. Você não pode citar nenhuma medida governamental significante a qual nós estejamos orgulhosos. Nada. Se nós precisarmos dar contas ao país sobre o que fizemos durante quatro anos, o que dizer?" Gyurcsány Ferenc, primeiro ministro"O conteúdo da fita que vazou ontem não tinha grandes novidades."
Sólyom László, presidente do estado"Na época de campanha qualquer um podia organizar comícios sem pedir permição à polícia. Então a polícia julga a manifestação como sendo não ilegal, disse Gergényi Péter, chefe da Polícia de Budapeste a um dos portais online da mídia corporativa."Os 'desordeiros' queimaram carros no prédio da TV, também atacaram canhões d'água. Após a luta um canhão tinha sido demolido e os oficiais de polícia tiveram que fugir - voltaram após as duas da manhã. Alguns policiais estavam desarmados enquanto o porta-voz da polícia disse que 5.000 policiais anti-motim deveriam chegar a cada minuto. O rumor da chegada da polícia anti-motim se espalhou rapidamente - logo os manifestantes se dispersaram. Após algumas horas oficiais chegaram de verdade no local e todos tiveram que correr.
Dentro do prédio de TV o povo saqueava máquinas de chocolate, demolía o interior, alguns levaram os computadores; no topo da barricada na entrada no prédio havia um carrinho de compras vazio.Os manifestantes representaram diversas convicções políticas. Muitos nacionalistas, hooligans no meio da multidão.. na praça Kossuth a maior parte era de direita, mas quando nós estávamos no prédio ocupado, os trabalhadores anti-fascistas e jovens do gueto estavam chutando um dos carros da televisão, enquanto amantes se fotografavam no topo de um dos canhões d'água queimados... em volta de um carro de fumaça alguns anarquistas felizes (the September Eighteenth) distribuíam panfletos.Às 5 da manhã a polícia retirou os poucos que continuavam no prédio e começou a investigar a cena na praça da Liberdade. Hoje a noite o povo tirou do ar a televisão a foi às ruas. A tomada da TV. A tomada do espetáculo.
in: indymedia.org
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