Tuesday, January 16, 2007

Pretendem ficar por muito tempo!!...a ver vamos!?




EUA reforçam presença no Golfo


Secretário de Defesa americano diz que tensões com Teerã motivaram envio de mais mísseis Patriot para a região
REUTERS





O secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, disse ontem que a ampliação da presença militar americana no Golfo Pérsico - que receberá em breve uma bateria de mísseis antimísseis Patriot e mais um porta-aviões - tem como objetivo responder à atitude “negativa” do Irã numa região onde os Estados Unidos têm “interesses estratégicos vitais” e “pretendem ficar por muito tempo”.





A declaração, feita em meio a uma escalada de tensões com Teerã por causa do programa nuclear iraniano e da influência do país sobre a maioria xiita no Iraque, tende a piorar ainda mais a relação entre os dois países.Em sua primeira visita à sede da Otan, em Bruxelas, desde que assumiu o cargo, em dezembro, Gates não só acusou Teerã de não colaborar com os EUA na resolução do conflito iraquiano como disse que o diálogo com o Irã só poderá ser retomado quando o país mudar sua atitude “negativa”.
Para Gates, “os iranianos não estão fazendo nada para ajudar o Iraque. Além disso, eles apoiaram o Hezbollah para criar um novo conflito no Líbano.” Na semana passada, tropas americanas invadiram um prédio do governo do Irã em Irbil, no norte do Iraque.





Na ação, foram presos seis iranianos que, segundo Bagdá, tinham aprovação do governo do Iraque para trabalhar, o que gerou um grande mal-estar diplomático. As recentes ofensivas contra o Irã contrariam as recomendações do chamado Grupo de Estudos para o Iraque, a comissão bipartidária americana que divulgou um relatório sugerindo mudanças na estratégia para o conflito.
O grupo, do qual Gates fez parte, propôs que os EUA retomassem o diálogo com a Síria e o Irã para conseguir seu apoio para estabilizar o Iraque, porém, a Casa Branca se recusa a negociar com Teerã até que os iranianos desistam de suas ambições nucleares.Preocupado com o aumento das tensões com os EUA, o governo iraniano pediu à Arábia Saudita que ajude a melhorar a relação entre os dois países.


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O pedido foi feito por carta, assinada pelo líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, e o presidente, Mahmud Ahmadinejad, e entregue ao rei Abdula no domingo pelo negociador nuclear de Teerã, Ali Larijani. Maior exportador mundial de petróleo, a Arábia Saudita é o principal aliado dos EUA no Oriente Médio. A secretária americana de Estado, Condoleezza Rice, chegou ontem à capital do país, Riad, e deve reunir-se hoje com o rei. Ainda ontem, o embaixador americano no Iraque, Zalmay Khalilzad, disse que os EUA planejam “combater as redes de terroristas iranianos e sírios no Iraque”.
O general George Casey advertiu que não se deve esperar resultados rápidos em Bagdá: “Haverá uma evolução gradual.” O primeiro grupo de soldados americanos do novo contingente chegou ontem ao Iraque.

Declaração de voto - Carta Educativa do Município de Portimão


data: 16/01



A elaboração desta Carta Educativa representa um trabalho sério e bastante positivo, não obstante algumas críticas a fazer à mesma. Felizmente que este documento não provém deste Governo, que desferiu um dos mais violentos ataques contra a Escola Pública, de que se destaca a ofensiva contra os professores e educadores, o que vai degradar de forma gritante essa mesma escola pública. A actual Ministra de Educação deve ser a pior Ministra, de entre todos/as ministros/as da educação pós 25 de Abril. Mas os principais responsáveis por esta situação são o Primeiro Ministro Sócrates e o Partido Socialista, que terão de responder no futuro pelas suas actuações negativas no domínio da política educativa.A Carta Educativa, prevista no Decreto-Lei nº 7/2003, de 15 de Janeiro, como documento estratégico de planeamento e ordenamento dos equipamentos educativos neste Município, promovendo a sua racionalização, redimensionamento e qualificação, deverá servir para combater as desigualdades e promover a igualdade de acesso ao ensino, conforme estipula a Lei de Bases do Sistema Educativo.É positivo quando se afirma que este documento é “flexível e inacabado” e que está aberto a novos contributos e que se baseia na participação dos diferentes organismos do processo educativo. Também é de realçar o facto desta Carta Educativa ter sido aprovada por unanimidade.Refira-se que a Carta Educativa aponta graves lacunas no Município de Portimão no que se refere aos equipamentos educativos e sua envolvência e que, a Câmara Municipal, dentro das suas competências e inclusive, pressionando a administração central, deverá solucionar tão breve quanto possível, assinalando-se em particular:- construção de novos Jardins de Infância e Estabelecimentos da Educação Pré-Escolar e do 1º Ciclo de Ensino Básico;- construção de uma nova Escola EB 3 e Secundária na cidade;- reparação de edifícios escolares degradados e de equipamentos;- melhoria da rede de transportes escolares;- melhoria da segurança nos espaços exteriores das escolas;- criação de novos equipamentos educativos e desportivos;- promover, dentro das suas competências, ao número suficiente de Auxiliares de Acção Educativa;- requalificação dos Bairros Sociais;- pressionar o governo central para a construção de um Campus Universitário. Não obstante a positividade desta carta Educativa, o Bloco de Esquerda manifesta algumas críticas ao documento, a saber:- a maior parte da Carta Educativa dedica-se, na sua maior parte, a fazer o diagnóstico da situação, em termos geográficos, socioeconómicos, demográficos e do sistema educativo. Em muitas das análises efectuadas, como sejam as taxas de retenção e abandono escolar, não se analisam as suas causas profundas, como sejam as situações de carência social e económica existentes em muitas famílias do Concelho de Portimão;- quando se diz que a Câmara construiu fogos de habitação social na Cruz da Parteira e nas Cardosas permitindo a melhoria das condições devida das populações realojadas, como as de etnia cigana, mas omite-se que essas zonas se estão a transformar rapidamente em autênticos guetos, sendo necessário a sua requalificação urgente;- quanto aos Cursos de Educação e Formação (CEF), diz-se que os mesmos constituem uma alternativa ao ensino regular para a frequência da escolaridade (6º, 9º e 12ª), mas nada se diz que os mesmos são manifestamente insuficientes, o mesmo sucedendo quanto aos cursos e organismos profissionais de índole pública;- no que se refere aos Territórios Educativos, aponta-se para a verticalização de todos os Agrupamentos de Escolas, o que representa um erro crasso. Embora assente em pressupostos correctos, este modelo é muito pesado e visa intuitos meramente economicistas e administrativos, prevalecendo sobre os critérios pedagógicos e até científicos;- é negativo a desactivação da Escola do 1º Ciclo da Senhora do Verde, o que prejudica as famílias e os alunos dessa localidade.Assim, embora manifeste algumas críticas a esta Carta Educativa, os eleitos pelo Bloco de Esquerda votam a favor da mesma, visto representar um instrumento estratégico para a área educativa no Município de Portimão.
O Grupo Municipal do Bloco de Esquerda
João Vasconcelos
Francisco Reis

Sunday, January 14, 2007

IVG



Porque sim...

Não pretendo com este meu artigo esgrimir mais argumentos nem inventar algo de novo que justifique a despenalização do aborto. Já tudo ou quase tudo foi dito e ambas as partes - pró ou contra , têm o seu trabalho de casa praticamente feito. Mas como mulher e mãe, sabendo o que é a revolução biológica e espiritual que significa o milagre da explosão de uma nova vida, não posso acreditar que qualquer mulher, de ânimo leve ou como muitos querem fazer crer "por dá cá aquela palha", faça um aborto! Só razões muito fortes a levam a tomar essa difícil decisão; e,infelizmente, muitas vezes são as mais desfavorecidas económica e socialmente que o fazem na clandestinidade e em condições muito pouco seguras para a sua saúde, pondo até a própria vida em risco. Pergunto-me se será justo que passando por todo esse sofrimento, ainda tenha que ser humilhada, perseguida, julgada e condenada por essa prática?
Será possível que em pleno século XXI, os portugueses queiram ainda viver numa sociedade "do faz de conta", irreal, qual Alice no País das Maravilhas, onde nada do que parece, realmente o é ...
Chegou a hora do sim, de mostrarmos que a mulher tem o direito de fazer a sua própria escolha, de respeitar a sua decisão e fornecer-lhe os meios e condições adequados, de modo a não feri-la no que há de mais profundo em qualquer ser humano - a sua própria dignidade.


Luísa Penisga González , membro do BE, na Assembleia Municipal de Portimão

Friday, January 12, 2007

COMPRAS DE NATAL


Os Gastos dos Portugueses no Natal 2006
João Vasconcelos (*)



De acordo com o que relatou alguma comunicação social, os portugueses gastaram em compras 2,1 mil milhões de euros nos primeiros 25 dias do mês de Dezembro passado, pagando-as com cartão Multibanco. Entre pagamentos e levantamentos, em todo o mês de Dezembro foram movimentados 4 mil milhões de euros, o suficiente para pagar um aeroporto da Ota. Estes gastos dão uma média de 900 euros por segundo. Num país, a braços com uma profunda crise económica e social, são vários os factores que explicam o comportamento dos nossos concidadãos.
Convém referir que estes gastos tiverem um aumento inferior relativamente ao mesmo período do ano anterior, 5,4%, quando em 2005 tinha havido um aumento de 9% em relação a 2004, verificando-se assim um abrandamento no crescimento do consumo. Este é um primeiro indicativo de que a crise está efectivamente a agravar-se nesta primeira fase do consulado neo-liberal Sócrates/Cavaco. De nada serve a demagogia populista e as manipulações propagandísticas desde Governo dizendo que a situação dos portugueses está a melhorar. E a bênção paternal do inquilino de Belém também não está a contribuir para estas melhorias, bem pelo contrário.
Os consumidores são triplamente pressionados: por uma banca tradicional cada vez mais agressiva que vê os seus lucros crescerem de forma muito acentuada no segmento dos empréstimos ao consumo, por uma massificada e cada vez mais martelante propaganda das múltiplas empresas financeiras de empréstimos ao consumo e, por uma sociedade crescentemente consumista e materialista.
Os níveis de endividamento das famílias portuguesas são crescentes e preocupantes, pois não param de crescer, especialmente a partir de 2002 e numa época de crise, quando o país apresenta mais de meio milhão de desempregados e três milhões de pobres, destes duzentos mil passam fome no seu dia a dia. Como se deve depreender, não é esta camada muito acentuada de famílias, de trabalhadores e de excluídos da sociedade que fazem gastos “exagerados” no Natal, pois não dispõem de posses para tal, nem qualquer capacidade de endividamento. Todavia, todos deviam ter direito a um Natal condigno, para si e para a sua família, e a viverem igualmente com dignidade durante os restantes 364 dias do ano.
Por outro lado, há portugueses e portugueses. Enquanto uns – a esmagadora maioria -, fazem as contas aos cêntimos no seu dia a dia, outros – uma cada vez mais pequena minoria -, vêem os seus lucros e as suas fortunas a aumentar todos os dias. Os pobres já são pobres, enquanto as classes médias se encontram num processo de proletarização sem precedentes. Por sua vez, os ricos, como os banqueiros, os especuladores financeiros, os corruptos, os donos e administradores dos grandes grupos económicos, alguns presidentes, treinadores e jogadores de futebol, são os donos do país, esbanjam e nem sabem o dinheiro que têm. E são estes últimos os responsáveis por uma grande parte das compras de Natal. Toda esta política, de crise e miséria para a maioria, e de abastança e fartura para a minoria, tem tido a cobertura e incentivo dos sucessivos governos que temos tido. Não perdoou este Governo à banca 3 mil e 500 milhões de euros, enquanto “congelou” as progressões nas carreiras dos trabalhadores subtraindo a estes milhões e milhões de euros? Sócrates rouba os pobres para dar aos ricos!
Esperemos que toda esta febre de consumismo não indicie algo ainda mais grave. Basta recordar o que esteve na base das graves crises do Extremo Oriente – o colapso dos bancos perante a massiva insolvência dos seus clientes depois do estouro da bolha imobiliária. Também no final do Antigo Império Romano as pessoas endividavam-se e gastavam em excesso, o que apressou o seu colapso.

(*) Membro da Assembleia Municipal de Portimão e da Assembleia Metropolitana do Algarve.

Obs: Artigo publicado no jornal “Barlavento” de 11 de Janeiro de 2007.

Tuesday, January 09, 2007

VOTA SIM NO REFERENDO!!


O Bloco de Esquerda realiza no próximo dia 13 de Janeiro, a partir das 10 horas da manhã, uma Assembleia Distrital de aderentes, onde se fará o balanço do trabalho do partido em 2006 e se definirá um plano de trabalho para 2007. Está já disponível o documento de base para essa discussão (LINK), proposto pela Comissão Coordenadora Distrital.
Na parte da tarde, a partir das 16 horas haverá um comício sobre a despenalização do aborto, com as presenças de Francisco Louçã e Helena Pinto.
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Os eventos realizam-se as instalações do Instituto Português da Juventude, em Faro.

Thursday, January 04, 2007

Assembleia Distrital e Comício



Car@s Bloquistas e amig@s:

O Bloco de Esquerda realiza no próximo dia 13 de Janeiro, a partir das 10 horas da manhã, uma Assembleia Distrital de aderentes, onde se fará o balanço do trabalho do partido em 2006 e se definirá um plano de trabalho para 2007.
Na parte da tarde, a partir das 16 horas haverá um comício sobre a despenalização do aborto, com a presença de Francisco Louçã.
Os eventos realizam-se nas instalações do Instituto Português da Juventude, em Faro.
Será importante a presença de todos nós. Vamos pois fazer mais um pequeno esforço, contribuindo assim para o êxito tanto da Assembleia Distrital, como do comício.

Para os camaradas de Portimão, proponho como ponto de encontro (organização de transportes) o Continente (junto à entrada principal onde se toma o café, no interior), pelas 9.00 h do dia 13 de Janeiro.

Saudações Bloquistas.

Wednesday, January 03, 2007

Um País que não cuida das suas crianças, não pode ter futuro!



Inadmissível!!!

Novamente uma notícia que dói fundo, cá dentro.



Uma menina de dois anos morreu vítima de maus-tratos continuados e, num certo dia, fatais. Ao que parece, da mãe.Arrepio-me, entristeço-me, e todas as minhas células gritam que Não. Não percebo como pode alguém, objectivamente, matar um filho. Não há qualquer justificação para bater numa criança de 2 anos tão violentamente que lhe cause a morte. Não aceito, pura e simplesmente, tamanha selvajaria. Mas como se isto não fosse suficientemente horrível, ainda falta o resto.
E o resto - são as denúncias por parte de uma educadora, de que a menina apresentava sinais de maus-tratos, que não são ouvidas a tempo e horas. Porque faltou atempada resposta da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco e apenas se marca uma consulta para avaliação, três semanas depois da denúncia. Tarde, outra vez.
E o resto - e aqui cito a imprensa, é um familiar próximo a revelar, agora, que não gostava do que a mãe fazia à criança ou outro a admitir a existência de nódoas negras na cara. Tarde demais. Eles também têm responsabilidades. Culpas, mesmo. Porque calaram e fecharam os olhos. Talvez até tenham procurado desculpar-se porque não eram os pais. E os pais é que saberiam das razões. A violência dentro de casa não é só um crime público quando se trata de violência entre o casal; é-o ainda com maioria de razão quando se trata de violência contra crianças. E quem assiste, quem conhece e cala é, afinal, cúmplice.
E o resto - são as outras crianças mortas, este ano como em anos anteriores, porque não foram salvas a tempo. E porque é que não se chegou a tempo? Por desinteresse? Porque não há capacidade de resposta? Porque não se leva a sério as denúncias? São precisas respostas. Em meu entender, mais do que explicações claríssimas para estas mortes, é preciso exigir aos responsáveis com a tutela deste sector que tomem as medidas concretas, as soluções necessárias que evitar outras. A violência contra os mais fracos e indefesos é uma violação dos direitos humanos e, neste caso, dos direitos das crianças. Calá-la ou minorá-la é próprio de gente sem moral nem valores. E quando essa gente são os responsáveis políticos, então claramente estamos perante uma inversão de valores do Estado social.
E o resto - são outra vez os responsáveis, depois do mal feito, a abrirem inquéritos. Inquéritos que não avaliam o modo como funcionam as Comissões de Protecção; apenas se limitam a penalizar, como aconteceu anteriormente, os técnicos. Mas como não se vai ao fundo, não se combatem as causas das faltas e dos erros. E numa próxima vez, far-se-á outro inquérito.
E o resto - é um país que faz sempre o mesmo: se agita num dia mas esquece nos seguintes, até à próxima vítima. Um país que não trata verdadeiramente das suas crianças. Um país que se conforma com uma justiça que não pune quem comete tais crimes com medidas exemplares e em tempo útil. Um país que se habituou a deixar correr os anos e, no fundo, acha que é uma chatice continuar a falar do processo da Casa Pia. Um país que não exige mudanças radicais. Um país que esquece.
Um país que está a ficar, apetece-me dizer, Inadmissível!!!
Violante Saramago Matos