Monday, July 03, 2006


Faro, 3 de Julho de 2006

À atenção da comunicação social

Assunto: AMAL e Assembleias Municipais de Portimão e Faro condenam encerramento nocturno do Aeroporto de Faro e dos serviços de emergência e solicitam a sua reabertura imediata.




No seguimento de uma reunião efectuada entre a APCTA (Associação Portuguesa de Controladores de Tráfego Aéreo) e a Comissão Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda do Algarve, este partido tomou conhecimento da grave situação que atinge o Aeroporto de Faro desde o passado dia 3 de Junho, em que se procedeu ao seu encerramento nocturno. Este encerramento aconteceu porque deixaram de operar, por razões estritamente economicistas, os serviços de socorro – os bombeiros especializados do aeroporto sob a dependência dos Aeroportos de Portugal (ANA). Pretende a ANA remeter as funções para os Bombeiros Municipais de Faro, intenção que a vereação local já rejeitou.
Não obstante o encerramento nocturno do aeroporto e dos respectivos serviços de emergência, verificam-se voos ocasionais no período em causa, como reconhece a própria ANA, mas sem as devidas condições de segurança, situação considerada muito grave e que vai ao arrepio de todas as normas de segurança estabelecidas internacionalmente. Foi o que aconteceu nas madrugadas de 4 e 5 de Junho, em que aterraram duas aeronaves, uma da companhia alemã LTU e outra da Air Berlim. Mesmo em caso de um pequeno acidente poderá ocorrer uma grande tragédia, devido ao atraso com que seriam prestados os socorros.
Neste sentido, o Bloco de Esquerda apresentou Moções na AMAL - Assembleia Metropolitana do Algarve (dia 28 de Junho) e nas Assembleias Municipais de Portimão e de Faro (dias 26 e 30 de Junho) e que foram aprovadas, onde se condena o encerramento nocturno do Aeroporto de Faro e se solicita a sua reabertura, com a reposição em pleno dos serviços de emergência o mais rapidamente possível.
Nas Moções aprovadas, diz-se que os voos ocasionais, admitidos pela ANA e directamente afectados são: «evacuações médicas nacionais e transporte de órgãos; voos ambulância, que normalmente são utilizados por turistas ou estrangeiros residentes; emergências médicas que ocorram em aeronaves a operar a Sudoeste da Península Ibérica; emergências em aeronaves resultantes de fumo, fogo a bordo ou falta de combustível, entre outras, e que podem originar uma catástrofe por falta dos serviços de emergência».
As medidas tomadas, de cariz nitidamente economicistas, além de provocarem uma situação insustentável do ponto de vista aeronáutico, poderão provocar danos irreparáveis à economia do Algarve. As medidas economicistas, tão do agrado deste Governo, não podem justificar o fecho dos serviços de emergência do Aeroporto de Faro.
Desde já, a Comissão Coordenadora Distrital do BE-Algarve agradece a divulgação desta nota de imprensa nos V/órgãos de comunicação social.


A Comissão Coordenadora Distrital
do BE - Algarve

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