Destruição da Casa de Almeida Garrett, vergonha!
Carmona Rodrigues justificou a autorização de demolição da Casa, argumentando que 'todos os serviços da CML, ou do IPPAR', não reconheceram interesse suficiente para ser preservado. Mentiu porque existe parecer da Directora Municipal de Conservação e Reabilitação Urbana, no sentido da manutenção e preservação do edifício.
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O actual Ministro da Economia, Manuel Pinho, é o dono da Casa de Almeida Garrett e pretende lá construir um condomínio habitacional de luxo. Depois de, a 4 de Agosto de 2005, Carmona Rodrigues, então Vice-Presidente da CML, ter determinado por despacho a continuação da suspensão da licença de demolição da casa de Almeida Garrett, por reconhecer “a grave lesão para o interesse público”, a 28 de Dezembro de 2005 decide, já como Presidente da CML não prorrogar o prazo da suspensão da referida demolição.
O que mudou em 5 meses?
O que mudou em 5 meses?
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Dizia C. Rodrigues em Agosto, que a suspensão do acto de licença se fizera (em 28 de Junho de 2005) por forma a evitar o desaparecimento do imóvel Casa Garrett. Que “a defesa da manutenção do imóvel em causa reuniu em seu torno grandes vultos da cultura portuguesa, designadamente, através do movimento cívico “Cidadania Lisboa”. Que “à Câmara Municipal (…) cabe, por recomendação constante no parecer do IPPAR, datado de 21 de Abril de 2005, classificar o edifício como Imóvel de Interesse Concelhio”. Que “este edifico é considerado um exemplar da arquitectura residencial lisbonense do séc. XIX, corrente do período romântico, com destacada representatividade no contexto local, tal como consta do acima referido parecer do IPPAR”
Que “em concordância com o parecer do IPPAR (…) e com entidades e individualidades de reconhecido mérito cultural, o imóvel Casa Almeida Garrett deve merecer protecção por se tratar de património cultural”.
Passados 5 meses …
Passados 5 meses …
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Carmona Rodrigues anuncia a demolição da Casa de Almeida Garrett, adiantando que a decisão “não tem só a ver com a disponibilidade financeira, mas está também relacionada com o interesse” dado que, segundo o que agora diz, “nem o IPPAR, nem os serviços camarários verificaram existir interesse patrimonial ou arquitectónico que justificasse a manutenção da Casa Almeida Garrett”. Se lembrarmos a apenas o facto de que o edifício é propriedade de Manuel Pinho, actual ministro da economia, que o projecto para o local se trata de um condomínio habitacional de luxo com 5 pisos e garagem para estacionamento… talvez consigamos entender melhor quais os interesses que verdadeiramente nortearam esta mudança tão radical de posição. Não podemos permitir que a Casa Almeida Garrett seja destruída! “Andai, ganha pães; andai; reduzi tudo a cifras, todas as considerações deste mundo a equações de interesse corporal, comprai, vendei, agiotai” Viagens na Minha Terra, Almeida Garrett
Comunicado de imprensa do núcleo de Lisboa-Ocidental do Bloco de Esquerda
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