Sunday, January 15, 2006

POEMA


Surpreendente forma de se desnudar.
Começando pelo início dos dedos,
despindo a substância fria.
-----
Em cada palavra
pulsa uma escrita,
como um cutelo sangrento,
projectando mundos intransitáveis.
------
Nudez onde visões sem nome,
habitam as casas sem memória,
habitam onde cada silêncio,
morre num vagar de Inverno.
-------
Feroz é no entanto toda a escrita,
que acaricia com mãos névoa
as cordas delicadas do inominável.




fernando gregorio

No comments: