Louçã espera "espantosa surpresa" no domingo
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2Candidato apoiado pelo BE apela o voto dos socialistas... O candidato presidencial Francisco Louçã apelou, ontem à noite, num comício que juntou mais de 400 apoiantes, em Faro, no Auditório Maria Campina, ao voto dos socialistas, para que, no domingo, aconteça "a mais espantosa surpresa" já vista na política nacional. "Sinto que há um povo de esquerda que quer que a defesa da segurança social, do emprego, da justiça social seja uma prioridade. Se esse povo falar, tenho a certeza que nas eleições de domingo acontecerá a mais espantosa surpresa que já conhecemos na política portuguesa", disse o candidato apoiado pelo Bloco de Esquerda (BE).
O homem que, para Conceição Abreu, mandatária distrital pelo Algarve, "tem o gene que todos gostaríamos de ter, o de ser brilhante", dirigiu-se aos eleitores socialistas, confusos "com a divisão" existente no PS: "Eles vão decidir estas eleições e é para eles que eu apelo."
"Estou disposto, preparado e empenhado numa grande convergência de esquerda", frisou. Cavaco Silva esteve, também, na mira do bloquista, criticando a sua "convergência estratégia com o Governo".
"Nunca descansará na segunda volta se tiver à frente dele quem não o deixou descansar no debate da primeira volta", assegurou. Francisco Louçã defende que as próximas eleições vão decidir "a cor política nos próximos anos em Portugal", pelo que rejeita a ideia que se instalou "de colocar uma poltrona em Belém". "Impõe-se uma viragem corajosa, profunda e tranquila".
Antes do candidato, Fernando Rosas e Conceição Abreu abriram a sessão, falando sobre a política nacional, os antepassados do Algarve na luta pela democracia e o próprio Francisco Louçã. Depois, Sérgio Godinho animou a plateia... com canções e "recados" políticos.
Visita ao interior A campanha de Francisco Louçã pelo Algarve teve uma primeira parte dedicada ao interior, com o bloquista a visitar as zonas de São Brás de Alportel e Barranco do Velho, louvando o trabalho de várias associações que trabalham nessas zonas. Louçã afirmou que não pode haver "um país debruçado sobre o mar" e outro virado de costas para o interior, referindo-se ao interior algarvio, destruído por fogos em 2003, onde ainda lavra "o incêndio da exclusão criada pela interioridade".
in: região-sul on-line
Edgar Pires
19 de Janeiro de 2006 12:51
19 de Janeiro de 2006 12:51
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