Monday, December 26, 2005

Toxicodependência



PJ apreende mais de 4 mil doses de cocaína

Quatro homens e uma mulher foram detidos A Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal de Portimão, deteve terça-feira três homens e uma mulher suspeitos de tráfico de estupefacientes. Os presumíveis traficantes foram interceptados pelas autoridades Policia na posse de cocaína e haxixe quando desenvolviam aquela actividade criminosa. No decurso de diligências subsequentes foram apreendidas quantidades de produto, devidamente acondicionado e escondido, que davam para cerca de 4 mil doses de cocaína e 400 doses de haxixe Os detidos, sem antecedentes criminais, foram submetidos a primeiro interrogatório judicial, ficando um deles obrigado a apresentar-se periodicamente às autoridades e os restantes sujeitos a prisão domiciliária.
in;Região-Sul, on-line


As novas apreensões de cocaína, marcam uma viragem no que diz respeito à variação quanto à procura das drogas que estão “in”.
Hoje em dia o heroinómano é visto pelos jovens como um “vencido da vida “, um “fim de linha” sem glamour, um ser enquadrado no estereótipo do “Loser”anglo-saxão.
O extasy e a coca pertencem aos potenciais “vencedores”, à rapaziada que circula entre gente “bonita”, muitas das vezes em discotecas muito “in”.Assim qualquer nova abordagem do fenómeno tem de ser claramente diferenciada relativamente ao que se passava à 10 ou 15 anos a trás.
O consumidor de coca/extasy, circula aparentemente integrado,,…não é o arrumador de automóveis.
Passamos desde agora a lidar com gente que muitas vezes vai aguentando um trabalho e relações familiares quase sempre perclitantes…mas que vão aguentando as aparências.
O cocainómano espanca alguém com alguma facilidade (em situações de sobredose),não tem a postura passiva/vencida do heroinómano, mas apesar disso as mais das vezes é um “integrado” ao contrário do heroinómano.
Enfim gente doente que para viver (E apesar de ser apenas um consumidor), tem de comprar alguma coca por atacado, para em seguida proceder ao “corte”, assim vai snifar a sua dose e vai pagá-la com a venda do “produto” anteriormaente, “cortado”. Esta gente não pode ser vista como o “Grande Dealer”. Enviá-la para a prisão, isso sim pode transformar essa rapaziada em dealers ligados a redes que muitas vezes se formam dentro das prisões.
É necessário que se continue a considerar o consumidor um doente e que se questione as quantidades de “produto”que são o sufeciente para transformar um doente num criminoso. Sabemos que a grande maioria dos consumidores têm de recorrer ao processo Compra/Corte, este processo repete-se 3 ou 4 vezes ao longo de todo o pequeno sistema de distribuição de rua. Sendo que quase sempre a coca chega ao nariz de fim da linha, com alguma coisa como 35% de pureza.


fernando gregorio

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