Deus abençoe a América
Lá vão eles outra vez,
Os Ianques e as suas blindadas paradas
Entoando as suas baladas de alegria
A galope pelo vasto mundo
Louvando o Deus da América.
As sarjetas estão entupidas de mortos
Dos que não puderam alistar-se
Dos outros que se recusam a cantar
Dos que estão já a perder a voz
Dos que se esqueceram a música.
Os cavaleiros têm chicotes que ferem.
A tua cabeça rola pela areia
A tua cabeça é uma poça no lixo
A tua cabeça é uma nódoa de pó
Os teus olhos apagaram-se e o teu nariz
Fareja apenas o fedor dos mortos
E todo o ar morto está vivo
Com o cheiro do Deus da América.
Janeiro 2003
Harold Pinter (Prémio Nobel da Literatura – 2005).
Lá vão eles outra vez,
Os Ianques e as suas blindadas paradas
Entoando as suas baladas de alegria
A galope pelo vasto mundo
Louvando o Deus da América.
As sarjetas estão entupidas de mortos
Dos que não puderam alistar-se
Dos outros que se recusam a cantar
Dos que estão já a perder a voz
Dos que se esqueceram a música.
Os cavaleiros têm chicotes que ferem.
A tua cabeça rola pela areia
A tua cabeça é uma poça no lixo
A tua cabeça é uma nódoa de pó
Os teus olhos apagaram-se e o teu nariz
Fareja apenas o fedor dos mortos
E todo o ar morto está vivo
Com o cheiro do Deus da América.
Janeiro 2003
Harold Pinter (Prémio Nobel da Literatura – 2005).
No comments:
Post a Comment