Wednesday, February 28, 2007

HAJA DECÊNCIA!



HAJA DECÊNCIA, HAJA MEMÓRIA


Como é que é tolerável que o regime democrático deixe a RTP fazer a apologia do principal responsável disto tudo e de muito mais, dando a Jaime Nogueira Pinto mais de meia hora para fazer o elogio de Salazar?


HAJA MEMÓRIA



>1931>>O estudante Branco é morto pela PSP, durante uma manifestação no Porto; >>
1932>>Armando Ramos, jovem, é morto em consequência de espancamentos; Aurélio Dias, fragateiro, é morto após 30 dias de tortura; Alfredo Ruas, é assassinado a tiro durante uma manifestação em Lisboa; >>
1934, 18 de Janeiro Américo Gomes, operário, morre em Peniche após dois meses de tortura;>Manuel Vieira Tomé, sindicalista ferroviário morre durante a tortura em>consequência da repressão da greve; Júlio Pinto, operário vidreiro, morto à pancada; a PSP mata um operário conserveiro durante a repressão de uma greve em Setúbal;
1935>>Ferreira de Abreu, dirigente da organização juvenil do PCP, morre no>hospital após ter sido espancado na sede da PIDE (então PVDE);
1936 >>Francisco Cruz, operário da Marinha Grande, morre na Fortaleza de Angra do>Heroísmo, vítima de maus tratos, é deportado do 18 de Janeiro de 1934;>Manuel Pestana Garcez, trabalhador, é morto durante a tortura;
1937>>Ernesto Faustino, operário; José Lopes, operário anarquista, morre durante a tortura, sendo um dos presos da onda de repressão que se seguiu ao atentado a Salazar; Manuel Salgueiro Valente, tenente-coronel, morre em condições suspeitas no forte de Caxias; Augusto Costa, operário da Marinha Grande,Rafael Tobias Pinto da Silva, de Lisboa, Francisco Domingues Quintas, de Gaia, Francisco Manuel Pereira, marinheiro de Lisboa, Pedro Matos Filipe, de>Almada e Cândido Alves Barja, marinheiro, de Castro Verde, morrem no espaço de quatro dias no Tarrafal, vítimas das febres e dos maus tratos; Augusto Almeida Martins, operário, é assassinado na sede da PIDE (PVDE) durante a tortura ; Abílio Augusto Belchior, operário do Porto, morre no Tarrafal,>vítima das febres e dos maus tratos;
1938>>António Mano Fernandes, estudante de Coimbra, morre no Forte de Peniche, por lhe ter sido recusada assistência médica, sofria de doença cardíaca; Rui Ricardo da Silva, operário do Arsenal, morre no Aljube, devido a tuberculose
>contraída em consequência de espancamento perpetrado por seis agentes da Pide durante oito horas; Arnaldo Simões Januário, dirigente anarco-sindicalista, morre no campo do Tarrafal, vítima de maus tratos;>Francisco Esteves, operário torneiro de Lisboa, morre na tortura na sede da >PIDE; Alfredo Caldeira, pintor, dirigente do PCP, morre no Tarrafal após lenta agonia sem assistência médica;
1939> >Fernando Alcobia, morre no Tarrafal, vítima de doença e de maus tratos;
1940>>Jaime Fonseca de Sousa, morre no Tarrafal, vítima de maus tratos; Albino Coelho, morre também no Tarrafal; Mário Castelhano, dirigente>anarco-sindicalista, morre sem assistência médica no Tarrafal;
1941>>Jacinto Faria Vilaça, Casimiro Ferreira; Albino de Carvalho; António Guedes Oliveira e Silva; Ernesto José Ribeiro, operário, e José Lopes Dinis morrem>no Tarrafal;
1942>>Henrique Domingues Fernandes morre no Tarrafal; Carlos Ferreira Soares, médico, é assassinado no seu consultório com rajadas de metralhadora, os >agentes assassinos alegam legítima defesa (?!); Bento António Gonçalves, secretário-geral do PCP. Morre no Tarrafal; Damásio Martins Pereira, fragateiro, morre no Tarrafal; Fernando Óscar Gaspar, morre tuberculoso no >regresso da deportação; António de Jesus Branco morre no Tarrafal;
1943>>Rosa Morgado, camponesa do Ameal (Águeda), e os seus filhos, António, Júlio e Constantina, são mortos a tiro pela GNR; Paulo José Dias morre tuberculoso no Tarrafal; Joaquim Montes morre no Tarrafal com febre biliosa; José Manuel Alves dos Reis morre no Tarrafal; Américo Lourenço Nunes, operário, morre em consequência de espancamento perpetrado durante a repressão da greve de Agosto na região de Lisboa; Francisco do Nascimento Gomes, do Porto, morre no Tarrafal; Francisco dos Reis Gomes, operário da Carris do Porto, é morto>durante a tortura; >>
1944>>General José Garcia Godinho morre no Forte da Trafaria, por lhe ser recusado internamento hospitalar; Francisco Ferreira Marques, de Lisboa, militante do PCP, em consequência de espancamento e após mês e meio de incomunicabilidade; Edmundo Gonçalves morre tuberculoso no Tarrafal; assassinados a tiro de metralhadora uma mulher e uma criança, durante a >repressão da GNR sobre os camponeses rendeiros da herdade da Goucha(Benavente), mais 40 camponeses são feridos a tiro.
1945>>Manuel Augusto da Costa morre no Tarrafal; Germano Vidigal, operário, assassinado com esmagamento dos testículos, depois de três dias de tortura no posto da GNR de Montemor-o-Novo; Alfredo Dinis (Alex), operário e dirigente do PCP, é assassinado a tiro na estrada de Bucelas; José António Companheiro, operário, de Borba, morre de tuberculose em consequência dos>maus tratos na prisão;
1946> >Manuel Simões Júnior, operário corticeiro, morre de tuberculose após doze>anos de prisão e de deportação; Joaquim Correia, operário litógrafo do Porto, é morto por espancamento após quinze meses de prisão;
1947>>José Patuleia, assalariado rural de Vila Viçosa, morre durante a tortura na sede da PIDE;>>
1948>>António Lopes de Almeida, operário da Marinha Grande, é morto durante a tortura; Artur de Oliveira morre no Tarrafal; Joaquim Marreiros, marinheiro da Armada, morre no Tarrafal após doze anos de deportação; António Guerra, operário da Marinha Grande, preso desde 18 de Janeiro de 1934, morre quase >cego e após doença prolongada;
1950>>Militão Bessa Ribeiro, operário e dirigente do PCP, morre na Penitenciária de Lisboa, durante uma greve de fome e após nove meses de incomunicabilidade; José Moreira, operário, assassinado na tortura na sede da PIDE, dois dias após a prisão, o corpo é lançado por uma janela do quarto andar, para simular suicídio;> Venceslau Ferreira morre em Lisboa após tortura; Alfredo Dias Lima, assalariado > rural, é assassinado a tiro pela GNR durante uma manifestação em Alpiarça;
1951 >>Gervásio da Costa, operário de Fafe, morre vítima de maus tratos na prisão;
1954>>Catarina Eufémia, assalariada rural, assassinada a tiro em Baleizão, durante uma greve, grávida e com uma filha nos braços;>>
1957>>Joaquim Lemos Oliveira, barbeiro de Fafe, morre na sede da PIDE no Porto após quinze dias de tortura; Manuel da Silva Júnior, de Viana do Castelo, é morto durante a tortura na sede da PIDE no Porto, sendo o corpo, irreconhecível, enterrado às escondidas num cemitério do Porto; José >Centeio, assalariado rural de Alpiarça, é assassinado pela PIDE;
1958>>José Adelino dos Santos, assalariado rural, é assassinado a tiro pela GNR, durante uma manifestação em Montemor-o-Novo, vários outros trabalhadores são feridos a tiro; Raul Alves, operário da Póvoa de Santa Iria, após quinze >dias de tortura, é lançado por uma janela do quarto andar da sede da PIDE, à>sua morte assiste a esposa do embaixador do Brasil;
1961>>Cândido Martins Capilé, operário corticeiro, é assassinado a tiro pela GNR durante uma manifestação em Almada; José Dias Coelho, escultor e militante do PCP, é assassinado à queima-roupa numa rua de Lisboa
1962>>António Graciano Adângio e Francisco Madeira, mineiros em Aljustrel, são >assassinados a tiro pela GNR; Estêvão Giro, operário de Alcochete, é>assassinado a tiro pela PSP durante a manifestação do 1º de Maio em Lisboa
1963>>Agostinho Fineza, operário tipógrafo do Funchal, é assassinado pela PSP, sob>a indicação da PIDE, durante uma manifestação em Lisboa;
1964>>Francisco Brito, desertor da guerra colonial, é assassinado em Loulé pela GNR; David Almeida Reis, trabalhador, é assassinado por agentes da PIDE >durante uma manifestação em Lisboa;>>
1965>>General Humberto Delgado e a sua secretária Arajaryr Campos são assassinados>a tiro em Vila Nueva del Fresno (Espanha), os assassinos são o inspector da >PIDE Rosa Casaco e o subinspector Agostinho Tienza e o agente Casimiro Monteiro;
1967>>Manuel Agostinho Góis, trabalhador agrícola de Cuba, more vítima de tortura >na PIDE; >>
1968>>Luís António Firmino, trabalhador de Montemor, morre em Caxias, vítima de>maus tratos; Herculano Augusto, trabalhador rural, é morto à pancada no posto da PSP de Lamego por condenar publicamente a guerra colonial; Daniel Teixeira, estudante, morre no Forte de Caxias, em situação de>incomunicabilidade, depois de agonizar durante uma noite sem assistência;
1969>>Eduardo Mondlane, dirigente da Frelimo, é assassinado através de um atentado organizado pela PIDE;
1972 >>José António Leitão Ribeiro Santos, estudante de Direito em Lisboa e>militante do MRPP, é assassinado a tiro durante uma reunião de apoio à luta do povo vietnamita e contra a repressão, o seu assassino, o agente da PIDE Coelha da Rocha, viria a escapar-se na "fuga-libertação" de Alcoentre, em>Junho de 1975;>>
1973> >Amilcar Cabral, dirigente da luta de libertação da Guiné e Cabo Verde, é>assassinado por um bando mercenário a soldo da PIDE, chefiado por Alpoim Galvão;> >
1974, 25 de Abril>>Fernando Carvalho Gesteira, de Montalegre, José James Barneto, de Vendas >Novas, Fernando Barreiros dos Reis, soldado de Lisboa, e José Guilherme Rego>Arruda, estudante dos Açores, são assassinados a tiro pelos pides acoitados na sua sede na Rua António Maria Cardoso, são ainda feridas duas dezenas pessoas. A PIDE acaba como começou, assassinando. Aqui não ficam contabilizadas as inúmeras vítimas anónimas da PIDE, GNR e PSP em outros locais de repressão.>>
Mais ainda >>
Podemos referir, duas centenas de homens, mulheres e crianças massacradas a tiro de canhão durante o bombardeamento da cidade do Porto, ordenada pelo coronel Passos e Sousa, na repressão da revolta de 3 de Fevereiro de 1927. >
Dezenas de mortos na repressão da revolta de 7 de Fevereiro de 1927 em Lisboa, vários deles assassinados por um pelotão de fuzilamento, à s ordens do capitão Jorge Botelho Moniz, no Jardim Zoológico. Dezenas de mortos na repressão da revolta da Madeira, em Abril de 1931, ou >outras tantas dezenas na repressão da revolta de 26 de Agosto de 1931.
Um número indeterminado de mortos na deportação na Guiné, Timor, Angra e no Cunene. Um número indeterminado de mortos devido à intervenção da força fascista dos "Viriatos" na guerra civil de Espanha e a entrega de fugitivos>aos pelotões de fuzilamento franquistas. Dezenas de mortos em São Tomé, na repressão ordenada pelo governador Carlos Gorgulho sobre os trabalhadores que recusaram o trabalho forçado, em Fevereiro de 1953.
Muitos milhares de mortos durante as guerras coloniais, vítimas do Exército, da PIDE, da >OPVDC, dos "Flechas", etc.>

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