Tuesday, May 15, 2007

Parem o PNR!

NÃO AO NAZISMO!
Movimento "Parem o PNR" acusa extrema-direita de ligações ao crime organizado
15-05-2007 15:02:00


Alertar os portugueses para a existência de um partido neo-nazi com ligações a gangs de skinheads, que prega o ódio ao próximo em vez de o amor à pátria é o objectivo do movimento "Parem o PNR".
Esta plataforma, que nasceu no dia 25 de Abril, caracteriza-se como um movimento cívico de cidadãos portugueses que rejeitam "determinantemente" a presença na corrida eleitoral do Partido Nacional Renovador (PNR), "um partido antidemocrático e pró-fascista com ligações ao crime organizado", assim o descreveu à Lusa o porta-voz do movimento.
O movimento criado no dia 25 de Abril, por nove pessoas, quatro delas mulheres, de vários quadrantes políticos com idades compreendidas entra os 20 e os 40 anos, professores e estudantes universitários, "com uma vida em comum" têm a intenção de alertar a opinião pública para o renascimento do nazi-fascismo no nosso país e pretendem mostrar a todos os cidadãos que o PNR viola claramente o artigo 240 do código penal (que pune a discriminação racial) e o artigo 46º da constituição portuguesa (liberdade de associação desde que estas não se destinem a promover a violência).
"É nosso objectivo fazer pressão a instâncias como o ministério público para que ajam em conformidade e em tempo útil, de forma a amanhã não tenhamos em Portugal um fenómeno Le Pen", salientou o porta-voz.
O movimento que inicialmente surgiu no blogue www.anti-pnr.blogspot.com pretendia denunciar actividade do PNR, mas segundo o porta-voz anti-PNR, "acabamos por ter uma rede de contactos, daí a decisão da manifestação" que vai acontecer a 28 de Setembro.
A equipa que dirige o movimento, nesta fase inicial, pertence a quadrantes políticos, desde comunistas a democratas - cristãos e inclusive um membro que já pertenceu ao PNR.
"Nós temos um ex-PNR por isso temos uma percepção diferente do que é o partido e temos acesso a informação que mais ninguém tem, conhecemos o interior do partido", salientou o porta-voz.
O movimento, que se assume por "uma plataforma entre todos os democratas portugueses amantes da liberdade independentemente da sua cor política", pretende que o povo português "acorde" para o fenómeno fascista do PNR e "lute sempre pela liberdade e pela democracia".
"As pessoas ainda não perceberam que os neonazis/skinheads não são um simples lobby, eles controlam o PNR através de uma coação psicológica e praticam o crime", acusou o anti-pnr.
O porta-voz do movimento adiantou ainda ter a certeza José Pinto Coelho, o líder nacionalista, não será cabeça de lista para as autarquias de Lisboa, mas sim Vasco Leitão, membro do partido nacionalista que se encontra em prisão domiciliária.
Acerca desta afirmação, Pinto Coelho disse à Lusa "não fazer sentido nenhum" e garante que vai candidatar-se pelo PNR à presidência da Câmara de Lisboa.
Para o anti-PNR há que "cortar o mal pela raiz hoje para que amanhã o PNR não represente alguma coisa nas estatísticas".
"Eles agora não representam nada, nas eleições de 2005 conseguiram irrisórios 10.000 votos e se a Procuradoria-geral da república não os extinguir hoje, amanhã não o poderá fazer", salientou o porta-voz.
Este movimento tem agendado para o dia 28 de Setembro uma manifestação onde estarão presentes organizações internacionais como a STOP the NBP e a Youth Against Racism de Inglaterra.
"Paralelamente a isso temos agendadas varias acções de formação em várias escolas e universidades do país a ter início no próximo ano lectivo", avançou o anti-pnr.
No que toca a receptividade, o porta-voz disse que o movimento espera alguns milhares de pessoas de todas as idades e quadrantes políticos "para dizerem não ao nazi-fascismo e sim à liberdade".
"Recebemos um e-mail de apoio do Movimento de Apoio e Cidadania (MIC), liderado por Manuel Alegre e temos recebido apoio de cidadãos anónimos", disse.
Frisou também que a data escolhida para a manifestação é "somente por uma questão de logística e tempo".

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